“Tivemos a capacitação em que aprendemos o básico de Libras para nos comunicar com as pessoas surdas com menos dificuldade. Tendo alguém nas unidades de saúde que sabe o básico, eles acabam procurando mais também a Atenção Básica”, disse Márcio Mendonça, que trabalha no setor de agendamentos da referida Clínica de Saúde da Família.
Seu colega, Bruno Gomes, além da servidora Tamires Rodrigues, também receberam o certificado e aprovou a iniciativa. “A gente antes tinha muita dificuldade quando chegava aqui alguém com surdez. Com o curso, já podemos interagir melhor e eles conseguem também ficar mais à vontade”, afirmou.
Um grupo de pessoas surdas esteve na manhã de hoje na clínica e pôde conhecer melhor a estrutura da unidade de saúde e seus serviços. “Essa foi a unidade de destaque dentro do curso que a gente veio prestigiar hoje”, pontuou Scheila Farias de Paiva, que faz parte da coordenação do Grupo de Inclusão de Pessoas Surdas, da UFS.
Segundo ela, a experiência é pioneira em Lagarto. “Tudo surgiu da demanda que as pessoas surdas trouxeram para a gente, que é a grande dificuldade de eles chegarem para tratamento de saúde num local e não ter quem fale a língua deles. Surgiu essa ideia e nós fizemos primeiro uma sensibilização. A partir daí os servidores se disponibilizaram, se interessaram e viram a necessidade. Isso resultou numa experiência muito produtiva”, enfatizou.